#3: Viver triste é estar na zona de desconforto
Para Soso, quem me pediu para escrever como nós dois somos "patéticos e super-tristes":
Sim, eu me sinto triste e patético todos dias. E continuarei sendo assim. Eu até prefiro, sabe? Se sentir triste e patético é algo tão, como posso dizer, normal, que já nem sei qual é qual.
Para quem sofre disso, pelo menos eu, é algo indecifrado o sentimento, a sensação. Você se sente acabado, cansado, mas não depressivo. Diria melhor: não somos depressivos, somos tristes e patéticos na zona franca da existência.
Estar bem, mal, afadigado, triste, patético entram na lista de coisas que passamos todos os dias. Estamos sempre sorrindo — oh sim, sorriso e mais sorriso —, mas qualé? Não vamos nem para frente, nem para trás. Só estamos, como sempre, tristes.
E por estar triste, começo a viver no poéticoso. Longa é a tarde, longa é a vida da pessoa triste. Começo a ser poeta por me sentir assim e, por isso, começo a ter ideias, pensamentos, opiniões, que só ficando "triste" poderia me trazer. Às vezes eu gosto, às vezes eu me sinto horrível.
Há uma frase, que particularmente gosto bastante, de Kurt Cobain que é "Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo". E eu concordo com Kurt. Se todos que eu faço rir, na maioria das vezes, visse minha alma, estariam chorando tanto comigo que imundaríamos — de novo — o rio Tietê.
Reafirmo aqui, de uma vez por todas, viver triste é estar na zona de desconforto. Você não quer falar que está triste, afadigado e cansado. Você só quer que isso acabe. Mas quando isso irá acabar? Bom, não sabemos.
Todavia, a nossa ânsia em viver, estar feliz, estar bem, é maior. Claro, o ponto de a tristeza estar lá. E, no entanto, quem dirá que está mesmo?
Até a próxima coluna, queridos. =)
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