#Resenha: O Bom Partido - Curtis Sittenfeld

by - maio 06, 2019


Título: O Bom Partido
Autora: Curtis Sittenfeld
Editora: Planeta de livros Brasil (selo Essência)
Páginas: 320
Ano de publicação: 2019
Onde comprar: Amazon 

A História


Liz é uma mulher de quase quarenta anos, pois ainda tem 38, mas que tem o espírito juvenil e cheio de garra. Liz é jornalista e escreve para em uma revista renomada, cujo nome é Rímel, que trata de assuntos femininos mensalmente. Ela mora em Nova Iorque e tem uma vida estruturada, tirando as questões do coração... que andam desandando sem que ela queira enxergar.
Jane é a meiga e pura Jane. Filha mais velha dos Bennet, já tem seus 40 anos e está tentando engravidar a todo custo... só que por inseminação. Jane deseja muito ter um filho, mas não é a primeira tentativa. Ela é instrutora de ioga e vive em Manhattan. É o tipo de pessoa que sempre está disposta a ajudar, seja quem for e, mais ainda, nunca julga alguém.
Lydia, Kitty e Mary são as irmãs de Liz e Jane. Elas vivem em Cincinnati com os pais, a senhora e o senhor Bennet. Lydia é a mais nova, sempre ambiciosa e cheia de opiniões ultrajantes, ela e Kitty se dedicavam ao CrossFit. Kitty vive quase que indiferente a todos ao seu redor, mas ama fazer unhas. Mary está no seu terceiro mestrado, dessa vez em Psicologia, sendo considerada a irmã de aparência mais diferente e que por vezes acham que é lésbica por causa de seu jeito e saídas às escondidas.
A vida estaria correndo como de costume, não fossem as trapalhadas que acontecem nessa família para lá de absurda e por vezes engraçada. Quando o senhor Bennet passa mal, Jane e Liz voltam a Cincinnati para ajudar. Além disso, O Bom Partido, Chip Bingley, juntamente de seu amigo Darcy, está na região e, com uma festa, irá conhecer essa família. É ali onde tudo começa.
Liz e Darcy se odeiam logo de cara. Chip e Jane se adoram sem evitar. A senhora Bennet sempre querendo casar as filhas, enquanto um senhor Bennet vive escondido em seu escritório. Nesse meio tempo, temos uma Lydia arrumando namorado, enquanto uma Kitty se descobre ótima em fazer unhas e Mary segue sua vida às escondidas.
O que poderia dar errado além de tudo? O que poderia ser o final dessa história além de emocionante?



Capa, escrita e detalhes


Para os fãs de Orgulho e Preconceito, O Bom Partido irá aquecer seu coração de saudade da obra de Jane Austen.
Com um humor singular e com os melhores diálogos entre personagens, O Bom Partido surge com uma proposta inovadora reproduzindo Orgulho e Preconceito em uma versão absurdamente moderna e cheia das mais bizarras intrigas familiares, bem no estilo de OP!
A edição está simplesmente impecável de tão linda e caprichada. Simplesmente amei.
A escrita da autora é tranquila e direta. Os capítulos são extremamente curtos. E, embora a leitura seja fluída, senti que foi um pouco cansativa.
Se trata de uma história difícil de resenhar porque muita coisa acontece. Muita coisa mesmo. São vários personagens, com seus pensamentos e vida sendo retratados. Depois de lido e conforme vou relembrando de tudo me parece até que esse livro tem muito mais páginas do que consta.
Intrigas, preconceito, orgulho, descobertas, encontro e desencontros. Amizades, fofocas, homosexualidade, reality show, amores e desamores. Tudo em uma mistura de diversão, diálogos sarcásticos e personagens inflexíveis. Se tudo não desse tão errado não teria dado tão certo, porque, sim, no final você respira fundo, quase como num alívio, por ter torcido por esses personagens e ter visto tudo se encaixando, mesmo que, a princípio, isso parecesse impossível de acontecer.
Para ser sincera, fiquei querendo ver mais de Darcy e Liz na história, mas sei que a autora não focou em personagens de fato, mas em todo o contexto que os redeia.

Conclusão


Posso dizer que adorei ler essa história e que fiquei muito feliz com a forma que a autora conduziu tudo, mesmo achando que boa parte desses acontecimentos poderiam ter sido retirados. No entanto, as atualidades estão muito presentes, deixando o enredo extremamente moderno, nos fazendo refletir sobre questões bem atuais. Isso foi muito bom.
O livro não foca no romance em si, mas na vida dos personagens. Aliás, achei que eu não me identificaria com a maioria deles por ser tão mais maduros que eu, alguns têm quase o dobro da minha idade, mas não foi assim.
Estive na torcida para que tudo se resolvesse e, no fim, a autora nos apresenta um baita programa de televisão, O Bom Partido, agora, em seu grande dia. Foi sensacional.
Recomendo muito para quem também é fã de Orgulho e Preconceito, mas se ainda não o leu, não há o menor problema, O Bom Partido ainda pode te conquistar!

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1 Recados

  1. Oi Sâmela! Li "Orgulho e Preconceito" em março desse ano, mas já tinha assistido ao filme há muitos anos atrás. Não pensei que me encantaria tanto pela história, pelo fato de já saber o final, mas Jane Austen é uma rainha da literatura e sabe surpreender mesmo se o leitor já sabe o desenrolar. Quando vi esse livro, li a sinopse, estava pensando em NÃO dar uma chance, com medo de estragar a história de Mr. Darcy e Lizzie, depois de um tempo e algumas resenhas me convenci que acompanhar uma história mais moderna baseada naquele romance deve ser muito fofo também. Pena que não foca tanto no romance, mas a obra original também não. Adorei tua resenha!
    Beijos, Adri
    Espiral de Livros

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