#Conto: Um dia especial - Parte 1
Era uma
manhã comum de um verão de fevereiro, com direito a dia chuvoso. O despertador
tocou me acordando, e eu, que já não gostava de acordar cedo e principalmente
em dias chuvosos, já me levantei de mau humor.
Arrumei a
casa e me preparei para ir para o serviço. Minha irmã me pediu uma carona até o
salão de beleza, e assim fizemos. Passei na padaria para comprar um chocolate
bem amargo, pois só assim para tentar melhorar meu humor.
Então, minha
irmã avistou uma moça que ela já havia feito uma “amizade” no ponto de ônibus,
pois, ao contrario de mim, minha irmã é uma pessoa alegre, extrovertida, de
fácil convívio social, já eu... Digamos que sou tímido para não ficar muito
feia a coisa.
Minha irmã
ofereceu carona a tal moça mesmo indo contra minha vontade, eu sabia que a
maior parte do caminho eu iria ficar sozinho no carro com essa moça
desconhecida, e como não estava de bom humor não queria ninguém puxar papo. É,
sou um pouco egoísta, eu sei, mas a tal moça aceitou a carona, e a vendo de
perto pude perceber que ela era alguém legal. Sabe aquela pessoa que passa uma
energia boa apenas com um “oie”?
Alguns
quarteirões depois, minha irmã desce, e ficamos eu e a tal moça no carro.
Percebi que ela ficou meio desconfortável e nem quis vir se sentar no banco da
frente, então eu decidi ir calado até o destino final. Não iria deixá-la mais
desconfortável ainda. Eu estava pleno por fora, mas por dentro eu queria matar
minha irmã.
O silêncio
era grande ali dentro e, confesso, que não pude evitar de tentar olhar pelo
retrovisor para ver como era aquela moça. O pouco que eu consegui ver me
permitiu perceber que ela era bonita. Tinha olhos esverdeados e cabelos pretos,
pele clara, boca carnuda e uma pinta perto do nariz, algo que combinava com
ela.
Pelo seu
olhar dava para perceber que ela era alguém de personalidade, não era alguém comum.
Ela foi melhor do que eu e decidiu puxar papo. Foi legal, porque foi algo
espontâneo, senti que ela era como minha irmã, espontânea, e o assunto fluiu
tranquilamente.
Tínhamos várias
coisas e gostos em comum e isso ajudou muito. Ela era sorridente, simpática,
divertida e ótima de papo. O destino onde ela iria ficar estava próximo, e eu,
bobo como sou, nem tive a capacidade de perguntar o nome dela.
Sentia algo diferente, sentia que queria
conversar mais e mais com ela, saber sobre quem era, o que ela fazia, com o que
trabalhava, os sonhos... quem sabe até tomar um café em alguma tarde, mas a
minha falta de coragem não me deixava nem perguntar seu nome.
Parei o carro, e ela, muito educada, antes de
descer me disse, com um sorriso angelical: “foi
um prazer conhecer você, espero que possamos nos rever outras vezes, me chamo
Angelina”.
Ah, meu coração
estava disparado de alegria! Agora eu sabia o nome dela, era algo, no mínimo,
simples, né? Mas para mim tinha um grande significado. Angelina desceu, e eu
fiquei a observar até ela sumir de vista. Não sei o que houve comigo, mas ela
me passou uma energia tão boa que, em menos de meia hora, meu humor estava
ótimo como nunca esteve.
O sorriso
não cabia na boca. Eu estava como um verdadeiro bobo apaixonado.
Dizem que um dia a vida da gente muda, acho
que hoje era esse meu “dia”. O dia
da sorte grande de conhecer um anjo, um dia especial.
P.s: Este é o primeiro de três textos, um dando continuidade ao outro, parece ser uma historia clichê onde até sabemos o final, né? No entanto, não é bem assim, lhe garanto que o final irá surpreender, então fique ligadinho aqui que a cada semana terá a continuação. Ah em certas partes a história foi de fatos reais.
3 Recados
UAAAAAAAU
ResponderExcluirESTOU ACOMPANHANDO!
Adorei. kkkkk
Haha fico feliz que tenha gostado, fique ligadinha que logo tem mais...
ResponderExcluirBjs lindona, volte sempre!
BOA NOITE !!!!! EXCELENTE ESTE TEXTO. FIZ A LEITURA PARA ALUNOS DA EJA E GOSTARIA DE DAR CONTIMUIDADE..... NÃO ACHEI A A PARTE 2 E 3
ResponderExcluirE você, o que achou do post? Me conte aqui nos comentários!
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