#Conto: Um dia de sorte - Parte 2
Cheguei ao
meu serviço tão disposto que todos estranharam, então fui diretamente para
minha mesa. Hoje o meu trabalho seria outro, hoje seria uma missão: a de
encontrar a tal moça, Angelina.
Entrei em todas
as redes sociais possíveis à procura de “Angelina” e apareceu uma lista
infinita, mas algo dentro de mim me dizia para não desistir, ser
persistente e assim eu fiz... até que, com a graça divina, a encontrei. Foi
realmente uma missão, uma caça ao tesouro que foi bem sucedida. Encostei-me na
cadeira com os braços cruzados atrás da nuca e nos lábios um sorriso enorme.
Eu nem
acreditava que a tinha encontrado, mas passando o êxtase de alegria fui
assaltado por um sentimento de medo e insegurança, dúvidas... E se ela fosse
comprometida ou nem quisesse mais me ver ou conversar? Se tivesse sido apenas
educada comigo... Fiquei ali um tempo criando coragem para dar uma stalkeada, até que enfim tomei a
coragem.
Como fiquei
feliz em ver que, primeiramente, ao que aparentava ela era solteira e alguém
sempre muito de bem com a vida, rodeada sempre de familiares e amigos, mesmo
que às vezes as coisas postadas na internet nos iludam sobre realmente como a
vida é. Com ela era diferente, dava para ver que era verdade tudo aquilo, o
olhar dela tinha um brilho único que indicava isso. Parecia ser escritora, pois
tinha vários textos reflexivos... Algo mais em comum em nós dois, porque eu
também gostava de escrever, não da forma linda e sincera como ela, mas eu
gostava.
Criei coragem
e comecei a segui-la no Instagram,
solicitei amizade no Facebook, e
mandei um “Oie” no Messenger. É, eu
sei, fui apressado em fazer tudo isso de uma só vez, mas era algo tão forte que
eu sentia por ela que nunca senti por ninguém, não podia perder nenhuma chance
sequer.
Passaram-se
quase dois dias até que ela começou a me seguir também, aceitou minha
solicitação e respondeu ao meu “Oie”. Não sei se ela se assustou ou se
realmente não tinha visto e mais uma vez ela foi educada na conversa, esta
rendeu. Virou rotina toda noite a gente se falar, era algo muito bom, já havia
vários dias em que nos falávamos e estava na hora de convidá-la para sair,
certo?
Então tomei
a decisão e a convidei para ir comer uma pizza na melhor pizzaria da cidade. Um
lugar aconchegante que necessitava de uma boa companhia, ou seja, a dela. Para
minha grande felicidade ela aceitou e combinamos para o sábado seguinte às 19h.
Ela era autêntica
e não quis que eu a pegasse em casa, iria cada um por si. O tal sábado chegou e
não sei se é porque sou azarado demais, mas o dia foi daquele naipe, tudo conspirando contra mim. O dia
amanheceu chuvoso, minha irmã doente, o gás acabou, o chuveiro queimou... E
assim foi sucedendo as coisas.
No momento
do encontro, não estava chovendo mais, graças a Deus. Então resolvi ir de moto para
ser mais rápido e prático já que eu estava atrasado, também porque o carro
estava no mecânico. No entanto, para continuar a série de coisas negativas do
dia, a moto não queria pegar, tentei consertar, mas nada, só me atrasava.
Já eram
19:35h quando finalmente consegui solucionar o problema da moto. Mandei
mensagem para ela me explicando e dizendo que estava a caminho, no fundo eu não
acreditava que ela estaria lá me esperando, pois tinha uma coisa que ela já
tinha deixado claro nas nossas conversas “eu odeio atrasos, responsabilidade
acima sempre”. Eu, justo no primeiro encontro, chegaria lá com uns 50 minutos
de atraso, no mínimo, Que raiva de mim!
Para minha
surpresa, a encontrei sentada à mesa, não estava com aquele sorriso iluminado
de sempre, também tinha toda razão de não estar, mas estava lá, linda, em um vestido
preto, que lhe caia muito bem ao corpo e que dava um contraste incrível com a
sua pele clara. Cabelo solto, batom vermelho.
Assim que me
viu deu um sorrisinho misto de raiva e alegria, algo difícil de explicar em
palavras, então me aproximei e lhe cumprimentei com um abraço. Ah, que perfume
suave e agradável! Que pele macia... tive que me controlar. Ficamos ali por
horas, conversamos, rimos, comemos, era como se já nos conhecêssemos há muito
tempo. Era tão natural, e como me surpreendia a cada palavra que ela dizia, com
sua doçura, simpatia e inteligência. Não entendia como aquela mulher estava
solteira, será que possuía um grande defeito
que eu ainda não havia descoberto?
Já estava
tarde e tínhamos que ir embora. Na hora de nos despedir, foi inevitável não lhe
roubar um beijo, e ela correspondeu. Foi algo tão forte que ali mesmo, naquele
primeiro encontro, eu a pedi em namoro, algo precipitado meu, mas eu tinha
plena certeza que ela era a mulher da minha vida. A única que mexeu comigo
daquela forma em tão pouco tempo, ela hesitou e não aceitou na hora, disse que
iria pensar, que namoro era algo sério e que já havia sido muito machucada.
Meu mundo
desabou, claro, e agora entendia o porquê de ela estar solteira. Estava se alto
protegendo, não queria sofrer novamente, e eu estava decidido que iria lutar
com todas as minhas forças por aquela mulher, que iria fazê-la feliz como nunca
tinha sido. Deus me presenteou com aquele anjo para eu cuidar e assim iria
fazer...
Aguarde a continuação...
2 Recados
Nossa, já quero mais. rsrsrs.
ResponderExcluirEspero que dê tudo certo com esse casal.
Ebaaa fico feliz de voce por aqui acompanhado
ExcluirJaja sai o ultimo texto com o desfecho final, esta surpreendente, e espero tua opinião.
Beijinhos
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