#Conto: Um dia de sorte - Parte 2

by - fevereiro 23, 2019

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Cheguei ao meu serviço tão disposto que todos estranharam, então fui diretamente para minha mesa. Hoje o meu trabalho seria outro, hoje seria uma missão: a de encontrar a tal moça, Angelina.

Entrei em todas as redes sociais possíveis à procura de “Angelina” e apareceu uma lista infinita, mas algo dentro de mim me dizia para não desistir, ser persistente e assim eu fiz... até que, com a graça divina, a encontrei. Foi realmente uma missão, uma caça ao tesouro que foi bem sucedida. Encostei-me na cadeira com os braços cruzados atrás da nuca e nos lábios um sorriso enorme.

Eu nem acreditava que a tinha encontrado, mas passando o êxtase de alegria fui assaltado por um sentimento de medo e insegurança, dúvidas... E se ela fosse comprometida ou nem quisesse mais me ver ou conversar? Se tivesse sido apenas educada comigo... Fiquei ali um tempo criando coragem para dar uma stalkeada, até que enfim tomei a coragem.

Como fiquei feliz em ver que, primeiramente, ao que aparentava ela era solteira e alguém sempre muito de bem com a vida, rodeada sempre de familiares e amigos, mesmo que às vezes as coisas postadas na internet nos iludam sobre realmente como a vida é. Com ela era diferente, dava para ver que era verdade tudo aquilo, o olhar dela tinha um brilho único que indicava isso. Parecia ser escritora, pois tinha vários textos reflexivos... Algo mais em comum em nós dois, porque eu também gostava de escrever, não da forma linda e sincera como ela, mas eu gostava.

Criei coragem e comecei a segui-la no Instagram, solicitei amizade no Facebook, e mandei um “Oie” no Messenger. É, eu sei, fui apressado em fazer tudo isso de uma só vez, mas era algo tão forte que eu sentia por ela que nunca senti por ninguém, não podia perder nenhuma chance sequer.

Passaram-se quase dois dias até que ela começou a me seguir também, aceitou minha solicitação e respondeu ao meu “Oie”. Não sei se ela se assustou ou se realmente não tinha visto e mais uma vez ela foi educada na conversa, esta rendeu. Virou rotina toda noite a gente se falar, era algo muito bom, já havia vários dias em que nos falávamos e estava na hora de convidá-la para sair, certo?

Então tomei a decisão e a convidei para ir comer uma pizza na melhor pizzaria da cidade. Um lugar aconchegante que necessitava de uma boa companhia, ou seja, a dela. Para minha grande felicidade ela aceitou e combinamos para o sábado seguinte às 19h.

Ela era autêntica e não quis que eu a pegasse em casa, iria cada um por si. O tal sábado chegou e não sei se é porque sou azarado demais, mas o dia foi daquele naipe, tudo conspirando contra mim. O dia amanheceu chuvoso, minha irmã doente, o gás acabou, o chuveiro queimou... E assim foi sucedendo as coisas.

No momento do encontro, não estava chovendo mais, graças a Deus. Então resolvi ir de moto para ser mais rápido e prático já que eu estava atrasado, também porque o carro estava no mecânico. No entanto, para continuar a série de coisas negativas do dia, a moto não queria pegar, tentei consertar, mas nada, só me atrasava.

Já eram 19:35h quando finalmente consegui solucionar o problema da moto. Mandei mensagem para ela me explicando e dizendo que estava a caminho, no fundo eu não acreditava que ela estaria lá me esperando, pois tinha uma coisa que ela já tinha deixado claro nas nossas conversas “eu odeio atrasos, responsabilidade acima sempre”. Eu, justo no primeiro encontro, chegaria lá com uns 50 minutos de atraso, no mínimo, Que raiva de mim!

Para minha surpresa, a encontrei sentada à mesa, não estava com aquele sorriso iluminado de sempre, também tinha toda razão de não estar, mas estava lá, linda, em um vestido preto, que lhe caia muito bem ao corpo e que dava um contraste incrível com a sua pele clara. Cabelo solto, batom vermelho.

Assim que me viu deu um sorrisinho misto de raiva e alegria, algo difícil de explicar em palavras, então me aproximei e lhe cumprimentei com um abraço. Ah, que perfume suave e agradável! Que pele macia... tive que me controlar. Ficamos ali por horas, conversamos, rimos, comemos, era como se já nos conhecêssemos há muito tempo. Era tão natural, e como me surpreendia a cada palavra que ela dizia, com sua doçura, simpatia e inteligência. Não entendia como aquela mulher estava solteira, será que possuía um grande defeito que eu ainda não havia descoberto?

Já estava tarde e tínhamos que ir embora. Na hora de nos despedir, foi inevitável não lhe roubar um beijo, e ela correspondeu. Foi algo tão forte que ali mesmo, naquele primeiro encontro, eu a pedi em namoro, algo precipitado meu, mas eu tinha plena certeza que ela era a mulher da minha vida. A única que mexeu comigo daquela forma em tão pouco tempo, ela hesitou e não aceitou na hora, disse que iria pensar, que namoro era algo sério e que já havia sido muito machucada.

Meu mundo desabou, claro, e agora entendia o porquê de ela estar solteira. Estava se alto protegendo, não queria sofrer novamente, e eu estava decidido que iria lutar com todas as minhas forças por aquela mulher, que iria fazê-la feliz como nunca tinha sido. Deus me presenteou com aquele anjo para eu cuidar e assim iria fazer...  
     
Aguarde a continuação... 

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2 Recados

  1. Nossa, já quero mais. rsrsrs.
    Espero que dê tudo certo com esse casal.

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    Respostas
    1. Ebaaa fico feliz de voce por aqui acompanhado
      Jaja sai o ultimo texto com o desfecho final, esta surpreendente, e espero tua opinião.
      Beijinhos

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