5 fatos de O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)
Título: O Morro dos Ventos Uivantes
Autora: Emily Brontë
Editora: LandMark (edição bilíngue português-inglês)
Páginas: 391
Ano de publicação: 2012
Começo
esse post já explicando que desisti de resenhar essa obra prima, porque:
1) Essa
história já é bastante conhecida no mundo literário;
2) É uma história dentro
de uma história, que está dentro de outra história e assim vai;
3) Talvez a maior verdade
sobre isso é: eu não sei se conseguiria descrevê-lo.
E pensando em não detonar essa experiência para ninguém,
decidi apenas explanar 5 fatos dos quais eu mais gostei nessa experiência
literária para lá de diferente.
↪ FATO NÚMERO UM: PERSONAGENS INDESCRITIVELMENTE ESTRANHOS
Quem
acompanhou o post onde enumero o que mais amo nos livros, viu que amo
personagens peculiares. E amo mesmo. Mas confesso para vocês que a tia Brontë
superou quaisquer expectativas minhas quanto a esse ponto, porque, sim, as características
dos personagens desse livro são simplesmente inacreditáveis.
O
protagonista do livro é um tanto esquisitão, mas se fosse apenas isso... Quando
vamos descobrindo tudo sobre seu passado compreendemos o porquê dessa criatura
ser o que é, porém também sentimos raiva, vontade de matar e já disse raiva? Sim,
ele é incrivelmente genioso, sabe? Um homem que amou perdidamente alguém, mas
que teve que lidar com esse amor de uma forma dolorosa e um tantinho
catastrófica (quem já leu sabe que estou sendo generosa).
No entanto,
no fundo, eu acabei gostando desse universo criado pela Emily, porque amo
histórias que me tiram da zona de conforto.
↪ FATO NÚMERO DOIS: BELOS CENÁRIOS
Se tem
algo que, normalmente, curto bastante é a forma com que as cenas e os cenários
são descritos. Cada detalhe de cada lugar, cada cantinho muito bem
desenhado ilustrativamente através das palavras... amo! E se tem uma coisa que
a tia Brontë faz bem, essa coisa é descrever os lugares.
Eu já
pegava o livro para ler me teletransportando para aquele lugar, para aquela
época tão distante de mim, para aquelas casas, aqueles caminhos e morros. Quando
a leitura te faz viajar assim é sinal de que cumpriu seu papel de te levar por
aí sem que você precise sair de onde está. Então, sim, amei cada detalhes que a
autora acrescenta nessas páginas, porque consegui me sentir parte da história. Por
vezes, parecia que era eu quem estava conversando com a Mrs. Dean e ouvindo
tudo.
↪ FATO NÚMERO TRÊS: NADA IMPREVISÍVEL
Eu não
sei para quem mais já leu, mas para mim essa história superou qualquer noção de
previsão possível. Sério. Eu jamais esperava qualquer cena na virada de cada
página. Até tive algumas suaves previsões (que fui capaz de fazer), mas nenhuma
se concretizou completamente. E eu AMO isso nos livros.
O Morro
dos Ventos Uivantes vence suas expectativas de uma forma muito esquisita, mas,
no fundo, de um jeito incrível. E então você se pega pensando “não acredito que
gostei tanto” ou “nossa, o que foi isso?”. E aí não consegue descrever. As
cenas que acontecem na história são quase impossíveis de prever.
Então
tentava pensar em um final, mas tudo com certeza de que iria me surpreender. No
entanto, uma coisa devo confessar: torci muito por um personagem em especial e
tive o meu pedido atendido no final. Hahaha.
↪ FATO NÚMERO QUATRO: ZONA DE CONFORTO E DETALHES
Como já mencionei, amo histórias que me intrigam,
que me desatam e me tiram da zona de conforto. Nessa história, Brontë nos
apresenta personagens que odiamos, que consideramos, que amamos (pouco provável
também, hehe). Já de imediato somos apresentados a um protagonista que te causa
vários sentimentos: raiva, curiosidade, pena, esperança, compreensão e já disse
esperança? Porque, sim, eu tive esperança. Hahaha.
Em vão, claro, mas vamos deixar em off.
Acho mesmo que essa foi a intenção da autora: te
fazer refletir sobre o outro, pensar sobre o amor por uma lente diferente, por
um ângulo extremamente avassalador. Foi uma leitura bastante intrigante, uma
experiência que nunca irei esquecer.
Outro fato que amei foi a quantidade de detalhes que
a história compõe. É uma história tão completa, tão cheia de reviravoltas,
misteriosa, dolorosa, triste, feliz... é uma história que te faz viver vários
sentimentos de uma vez só.
↪ FATO NÚMERO CINCO: COMO A HISTÓRIA É CONTADA
Esse
fato eu quis deixar por último por um único motivo: foi o que mais amei.
Lembram
que disse no início desse post que é uma história dentro de uma história que
está dentro de outra história? É exatamente isso! Imagine uma conversa entre
duas pessoas que mal se conhecem. Imagine que uma dessas pessoas é um inquilino
do nosso protagonista, alguém que também não conhecemos. Imagine que a outra
pessoa é Mrs. Dean: uma mulher que trabalhou e ajudou a criar o protagonista. Então
ela conta tudo para esse inquilino em uma conversa, através de suas memórias
jamais esquecidas.
E é
assim que a história nos é passada. Então temos três momentos: o momento de
muitos anos atrás (que ela vai contando durante todo o livro); o momento dos
dias em que conta a história (os dias atuais); e o momento de quando a história
termina de ser contada (que também é atualmente, mas agora já entendemos tudo).
Simplesmente sensacional!
Gente,
para que o post não fique gigante e para que eu não fale muito mais do que
deveria, vou ficando por aqui. São muitas emoções ao reviver essa história, que
recomendo muito que leiam!
Mas, e
vocês, já leram? Gostaram? Querem ler? Grita aqui embaixo!
Quem já
leu e discorda de mim, dá aquele berro mesmo! Hahaha.
1 Recados
Oi, Sam.
ResponderExcluirEu sempre quis ler esse livro porque é muito recomendado, mas ainda não tenho versão nenhuma dele.
Vou ver se compro esse semestre ainda, porque agora fiquei mais curiosa.
Adorei a postagem.
Beijos
E você, o que achou do post? Me conte aqui nos comentários!
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