#Resenha: O Caminho para Casa - Kristin Hannah
Título: O Caminho para Casa
Autora: Kristin Hannah
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano de publicação: 2012
"Talvez o tempo não curasse as feridas, exatamente, mas criasse uma espécie de armadura, ou uma nova perspectiva. Uma forma de lembrar com um sorriso e não com um soluço".
A História
Você sabe qual é o
caminho para casa? E quando não se tem um lar para chamar de seu, para onde
é que se volta?
Lexi é uma menina que sofreu muito durante a vida,
com uma mãe alcoólatra e viciada em drogas. Ela cresceu em lares adotivos
temporários, mas sempre odiou esses lugares. Quando Lexi encontrou uma família
boa, sua mãe reapareceu e a levou novamente para a sarjeta de sua existência precária,
sempre jurando seu amor, mas sem demonstrar tal sentimento em suas atitudes.
Só que agora as coisas vão finalmente mudar na vida
de Lexi. Agora ela terá um lar para chamar de seu. Uma tia distante decide
ficar com ela. Ela vai se mudar. Vai conhecer um novo mundo, mas, acima de
tudo, Lexi irá experimentar sentimentos e sensações que até então jamais havia
sentido. No entanto, será que o amor anda sozinho ou sempre vem acompanhado?
Ao se mudar, Lexi conhece Mia. Mia torna-se sua melhor
amiga, sabe aquela BFF? Então, assim é Mia na vida de Lexi e vice-versa. E,
como se ainda não bastasse, Lexi ganha o sentimento gostoso do primeiro amor:
ela se apaixona por Zach, irmão gêmeo de Mia. Os três constroem uma linda
amizade, um tipo de laço não só bonito, mas confortável e sincero. Eles selam
um pacto de nunca se abandonarem.
E então o inesperado acontece: um destino cruel e
doloroso irá engolir a todos.
Os personagens
No começo do livro, Lexi tem quatorze anos. Ela
é uma menina que cresceu em lares adotivos por ter tido uma mãe alcoólatra e
viciada. Após ir morar com uma tia e finalmente ter um lar, acompanhamos o
crescimento dessa menina se transformando em mulher. Lexi tem olhos azuis e
cabelo preto, é uma garota na dela, que ama livros e que nunca teve muitos
amigos. Ela nunca se sentiu amada de verdade, pensa que nem sabe o que é amar. Até
encontrar Mia. Instantaneamente, as duas se tornam amigas. Isso faz com que ela
viva várias sensações diferentes e uma delas é a ideia de se sentir importante
para alguém. Além de encontrar Mia, Lexi conhece e se apaixona por Zach, irmão gêmeo
da amiga. E também adentra no mundo dos gêmeos como um passarinho à procura de
algo para bicar. Então ela se deparada com uma Jude amável, mãe dos gêmeos, e a
tem como uma mãe também, assim como considera muito Miles, o pai deles. Mas o
destino nem sempre brilha quando a vida dá eco. Às vezes, ele vem em forma de escuridão
também.
Mia é uma menina que tem uma boa família, boa condição
de vida, um bom irmão e um bom lugar para morar. Ou seja, ela é o oposto de
Lexi. Mas ainda assim, Mia tem suas inseguranças, seus medos e manhas de menina
que as fazem ser um bichinho escondido do mundo lá fora. E talvez seja isso que
tenha feito com que Lexi fosse sua amiga, afinal de contas, sobre ser escondida
do mundo Lexi entende bem. Através da leitura, as duas começam a compartilhar
seus sonhos e anseios, segredos, desejos... Mia muda muito após conhecer Lexi,
muda para melhor. Agora ela sai mais, sorri mais, é feliz. Agora ela não é mais
só a irmã gêmea do garoto mais popular da escola. Agora deixou sua capa
invisível e está pronta para enfrentar o mundo. No entanto, o mundo sempre tem
caminhos tortos e cheios de curvas indecifráveis.
Zach é o irmão gêmeo de Mia, como já foi dito. Ele é o
carinha popular da escola, lindo e muito querido pelas moças. Loiro, com o
cabelo liso e caindo aos olhos verdes, Zach chama a atenção de Lexi logo de
cara. Mas ele age indiferente a ela. Ele sabe do que lhe espera. Com o passar
do tempo, com Lexi frequentando sua casa, Zach tem que conviver com ela e os
três se tornam unidos, ele, sua irmã e Lexi. Zach não é o tipo de cara metido a
besta, que não se importa com ninguém e nem com as garotas. Ele é um cara legal
e que ama sua família e sua irmã acima de qualquer coisa. Ele faz de tudo por
Mia, pois tem uma união muito grande com ela. No entanto, ao conhecer Lexi, seu
mundo muda completamente. E talvez ele ache que sabe amar, talvez ele descubra
o que é realmente o amor ou simplesmente perceba que o amor nunca vem só.
Jude é a mãe dos gêmeos. Ela é do tipo superprotetora. Sempre
fugindo de sequer se deixar parecer com sua própria mãe, por quem nutre um
sentimento confuso de negação e aceitação, ela tenta de tudo para ser a melhor mãe
que puder. Quer um exemplo? Ela faz festas para os amigos dos filhos em sua
própria casa com o maior prazer, assim ela pode ficar de olho nos filhotes. No entanto,
ela percebe que quando filho cresce vira passarinho e quer o quê? Isso mesmo,
bater as asas, porque voar já é outra coisa, não é? Com o ensino médio chegando
ao fim e as festas de final de terceiro ano chegando, Jude terá que aprender a
lidar com os “sim” que ela terá de dar aos filhos, afinal, dali a pouco eles
estarão na faculdade, certo? Ora, ela nem consegue imaginar a ausência deles.
Eva é a tia-avó de 66 anos que adota Lexi. Ela é uma senhora
que tem os joelhos cansados, que mora em um humilde trailer, mas que tem muito
amor para dar. Ela vive em Port George, Washington, trabalha e dá duro na vida
para poder sobreviver aos trancos e barrancos que a vida lhe impõe. Após encontrar
Lexi, Eva preenche o espaço vazio em seu coração e também oferece à Lexi
cuidados fraternos que a menina nem se lembra de ter tido.
Miles é pai dos gêmeos. Ele é médico, então trabalha
bastante, mas, independente disso, é um pai presente. Ao contrário de Jude,
Miles percebe a necessidade dos filhos de saírem para se divertir. Ele normalmente
pede em prol disso, mas também puxa as rédeas quando necessário. Miles é um
homem adorável, que ama sua esposa e seus filhos. Que ama seu lar. Tudo o que
ele mais quer é que possam continuar vivendo sempre assim, em harmonia. Só que
a vida nem sempre são só flores.
Capa, escrita e detalhes
A capa do livro é bonita e reflete muita coisa da
história. Após ler o livro, a capa se torna ainda mais emocionante, pois traduz
nosso sentimento com tão pouco.
A escrita da Kristin é surpreendentemente
emocionante e leve ao mesmo tempo. Embora o livro seja narrado em terceira
pessoa, característica de que não sou tão fã, conseguimos perfeitamente nos
sentir próximos aos personagens. A narrativa é fluida e rápida, quando menos se
percebe, o livro já está acabando. E você já está com o coração apertado
também.
A história é bastante completa e muito bem
estruturada. Foi construída de uma forma diferente ao que costumo ver por aí,
pois acompanhamos de camarote toda a trajetória desses personagens. Crescemos junto
com eles, nos desprendemos da barra da saia da mãe com eles, farreamos juntos. São
personagens muito bem descritos e caracterizados, perpetuando do começo ao fim
a mesma personalidade. Falo isso ao ponto de lermos algo e termos certeza de
que foi dito ou pensado por um determinado personagem. É isso: conhecemos cada
um deles a fundo, não foi deixado nada passar. Eles não contam sobre seu
passado, eles o vivem como um presente que vai se transformando com o tempo.
Como comentei acima, o livro é bastante completo,
nada fica sem resposta, mas muita coisa te faz fazer perguntas e querer indagar
cada erro, cada dor, cada lágrima, sorriso e mudança. Tudo isso é fruto de uma
única história, uma história que vive o real, que mostra o real ao ponto de
você não saber mais como distinguir o real do sonho e o sonho do pesadelo.
Conclusão
O caminho para casa conta com um enredo muito
emocionante, onde fala-se sobre aceitação, amizades fortes, amores impossíveis,
família, lar, filhos, amor fraternal, erros, perdas, dores, sorrisos, amores e
desamores. É um livro que toca bem na alma da gente, que mexe com nosso
emocional e nos faz engolir as páginas em poucos dias, até mesmo horas.
Se trata de uma história que vai te fazer se
questionar a cada segundo o seguinte: como foi que essa história evoluiu tanto?
Como viemos parar aqui? Se você se perguntar algo assim, saiba que é normal,
porque Kristin vai te pegar desprevenido e te mostrar aos poucos o que esses
personagens têm para contar. É muita coisa!
Se eu recomendo o livro? Recomendo tanto! Recomendo principalmente
para quem ama romances, mas também para quem ama drama. O Caminho para Casa evidencia, em primeira mão, que sempre haverá
um lar para chamar de seu, mesmo que esse lar seja uma casa, um lugar, uma rua,
um objeto ou um alguém.
Li em conjunto com a Lê, e nós duas ficamos muito impactadas com o livro, então, já podem concluir que essa resenha traz duas opiniões em uma só. Hahaha.
Leiaaaa! Depois me conte aqui o que achou dessa
história arrebatadora?!
4 Recados
Oi Sâm, tudo bem??
ResponderExcluirAinda não conhecia, valeu pela dica, já quero conferir
Blog Entrelinhas
Olá, Felipe! Tudo beleza.
ExcluirSim, é ótimo!
Obrigada pela visita e volte sempre.
Até breve!
A história parece mt boa mesmo, a capa está linda. Adorei a resenha !!
ResponderExcluirÉ sim, recomendo de olhos fechados, pois sei que vai amar!
ExcluirObrigada!
Volte sempre.
Beijos
Sâm
E você, o que achou do post? Me conte aqui nos comentários!
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