Desencaixada e feliz!
Eu tô cansada de entrar no
próximo amanhã com a incerteza nos pensamentos. Ando cansada de
acordar acreditando que tudo pode ser diferente, mas, no final do
dia, ir dormir do mesmo jeito. É que ando deixando a vida pesada com
minhas tribulações acomodando. Não vivo no comodismo dos dias,
mas, ultimamente, tenho estado no pior clima. É que faz tempo que
venho ansiando por mudanças boas, mas acontece que tenho vivido do
avesso. E talvez esse lado seja o meu pior, pois é o bicho papão
com quem tenho medo de lidar.
Sei que faço coisas sem pensar,
ajo sem medir limites, sem tentar entender além daquilo. E, dessa
forma, vou levando a vida na maré mansa, só que, às vezes, a gente
precisa é de ondas agitadas. Dessas de nos fazer mergulhar fundo,
nadar mais até encontrar terra firme. É que às vezes a gente
precisa de um sacolejo, desses de nos pegar de surpresa mesmo, sem
hora marcada e muito menos com combinações perfeitas. Somos tão
aleatórios. Vivemos tão dentro do avulso que nem percebemos quando
algo sai fora do comum. Nosso mundo tem andado tão incomum quanto
nossos pensamentos têm se afogado dentro do oceano do nosso mundo de
dentro. Nos escondemos em nós mesmos com medo do que o mundo vai
achar de sermos quem realmente somos.
Talvez tudo que eu disse até
agora faça o menor sentido para você. Mas é que, de fato, o que
anda fazendo tanto sentindo assim nessa vida?
Tenho visto tanto caos. Tantas
ilustrações estranhas nas vitrines das ruas, como se fôssemos
robôs à procura de consumo. Não me encaixo. Não me moldo. Sou tão
difícil de lidar… mas, no fundo, gosto tanto do meu formato
incoerente. Das minhas curvas sem rumo. Das minhas madeixas
inconsistentes. Lábios que estampam as rachaduras do deserto. Gosto
das minhas visões estranhas sobre qualquer coisa. Das minhas
inquietações. Desconexões. Da profundidade da qual me crio, me
refaço. Não. Me. Encaixo.
E nem tô afim de me encaixar.
Ando cansada de tantos efeitos
autoritários que manipulam pessoas a buscarem uma única forma de
ser. Mas sou tanta coisa… Não existo para ser entendida. Nem faço
questão. Olho para os lados e vejo olhos que me veem, mas, no fundo,
mal me enxergam. Eu tô aqui! Bem aqui. No entanto, ninguém vê. É
que a gente mostra aquilo que quer mostrar. A gente é aquilo que
entende ser. E ando cansada de que me vejam e achem que estão vendo
tudo. Não. Estão. Vendo. Nada. Porque sou muito, muito mais que
isso. Mais que aquilo. Mais que eu mesma consigo ver. E nem é como
resolver incógnitas, veja bem. É sobre apenas aceitar que existem
vários tipos de existência. Que existem vários tipos de pessoas.
Várias vivências. Várias experiências.
Existe um mundo, mas cada um tem
seu mundo de dentro e faz dele o que bem entender. Faz morada. Faz
amigos. Faz amor. Faz vida. Vive e, tenho certeza, gostaria de viver
sem ter de se cansar a cada nova página do livro da vida.
Cansei de tentarem me encaixar
num lugar que não me cabe.
2 Recados
Amei texto bem profundo e real que me encaixo pra variar ne haha gosto de texto assim com personalidade, bom cada um é livre pra ser como bem entender e ninguém é igual a ninguém, e ainda bem rsrs, o que cabe a todos é Respeitar as diferenças...
ResponderExcluirAmei as frases “Nos escondemos em nós mesmos com medo do que o mundo vai achar de sermos quem realmente somos.”
“Existe um mundo, mas cada um tem seu mundo de dentro e faz dele o que bem entender.” Amei as imagens também haha. Parabéns bjss querida!
Oi, lindona! <3
ExcluirEu me senti muito em casa escrevendo esse texto. Dei muito de mim nele, sabe? Não foi totalmente pessoal, mas saiu de dentro de mim com certeza! Hahaha.
Fico muito feliz que tenha gostado! Obrigada pelo apoio de sempre. Tentei variar nas imagens, Hahaha.
Super beijo, linda.
Volte sempre,
Sâm.
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