E o terceiro encontro?
Aurélia, uma moça bonita e
inteligente, viu que a vida às vezes pode ser surpreendente e que
isso nem sempre é agradável ao coração...
Sempre defendeu que uma mulher
não deveria se entregar a um homem sem compromisso, que sexo sem
amor era ilegal.
Um dia, percebeu que havia
entrado no carro de um quase desconhecido, seguiu para a casa dele,
fez amor e experimentou as melhores sensações...
Ela, tão complexada com seu
corpo, se surpreendeu, como se sentia a vontade nos braços daquele
moço, ela se encaixava no abraço dele e tinha a estranha sensação
de que, embora tão desconhecido, ela poderia ficar um longo tempo
ali, naquela cama, naquele quarto que mesmo com ar ligado no 18
estava super aquecido.
E ali riam da energia que brotava
de seus corpos, riam do vinho que sem querer derramaram sobre os
cobertores.
Embora a estranheza, Aurélia
sentia que havia uma conexão ali, não era só pele. Foram apenas
algumas horas de sintonia e prazer, ela voltou para a realidade.
No dia seguinte esperava receber
um bom dia junto com um emoji feliz... Mas também esperava pelo
silêncio.
O celular acendeu com
notificações que fizeram seu coração vibrar.
Assim, dois dias depois, quando
percebeu estava lá novamente nos braços de seu quase desconhecido.
Dessa vez ela voltou para casa com a sensação de final de filme.
E o tempo foi confirmando suas
desconfianças, ela não é expert nessa onda de ser ficante,
mas também não é ingênua ao ponto de se iludir no segundo
encontro.
De repente, vencida pela
curiosidade resolveu buscá-lo nas redes sociais, ela no fundo sabia
o que iria encontrar. Não foi difícil, logo encontrou o perfil
dele, visualizou seu status "Em um relacionamento sério ".
Ele havia dito que não tinha ninguém…
Ela não tem nada a cobrar, não
é dona dele, nem nada parecido.
Ao encontrá-lo na rua, ele
riu... Ela simplesmente, com olhos tristes, o fitou enquanto
murmurava mil pensamentos, por que ele mentiu?
Mas o que realmente doeu foi ter
se entregado daquela forma.
A vida segue, e ela lindamente
segue com a certeza de que não nasceu para ser segunda ou terceira
opção.
Ela segue com a certeza de que
pode dividir o seu pote de sorvete de flocos, seu bombom de cupuaçu,
sua cuia de açaí com tapioca.
Ah, mas dividir o amor de um
homem, isso não, ou é exclusividade ou não é nada.
Autora: Deise Amorim
Esse texto faz parte do projeto #LeitoresEscrevem que consiste em publicar textos dos leitores que também transbordam com a alma. Quer saber mais? Clique aqui.
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