Blogagem coletiva 1: Como eu nunca senti Por Lai Pretas
Dentre
tantos ensinamentos que a vida já me proporcionou, quero aqui registrar uma das
últimas lições que ela me deu para experimentar viver e aprender sobre “os meus
sentimentos”, e a diferença entre: razão e emoção quando estes vêm à tona.
Sempre
acreditei que pudesse controlar tudo o que eu sentia, de acordo com os
parâmetros que eu estabelecia; da maneira que me convinha, achando ser esta ou
aquela a melhor forma de sentir de uma maneira que fosse confortável pra mim.
De um jeito que eu não perdesse as rédeas da relação, garantindo assim, uma
certa proteção ilusória de segurança ao meu coração que por causa de algumas
decepções tentei petrificar.
Com o tempo
aprendi que isso não é SENTIR coisa alguma. Muito pelo contrário, é anular-se,
é se automanipular pra tentar se defender de possivelmente não se machucar
outra vez. Mas querer ser sempre sensato e agir somente pela razão, às vezes,
te bloqueiam... E não te permite sentir as mais variadas emoções e sensações,
que o experimento e a vivência do sentimento nos causa.
Pensei que
fosse capaz de controlar tudo o que eu sentia por alguém, até eu me
apaixonar... E ver quão grande era o meu engano. Quebrando a cara pra aprender
mais uma lição na vida. Descobri que, a
partir disso, eu não podia controlar nada. Eu só conseguia sentir tudo
desordenado e sem controle algum...
Entrei em
desespero quando não mais me reconhecia em meio a esse sentimento desenfreado
que parecia ter vida própria dentro de mim. E o pior de tudo, era não conseguir
evitar sentir. Porque eu sentia, por mais que eu não quisesse. Era mais forte
do que eu. Já não tinha mais onde esconder. Tinha que aceitar que aquele
sentimento havia se instalado em mim. E que senti-lo foge do entendimento de
qualquer razão ao existir. Logo eu que sempre evitei, e nunca me permiti sentir
qualquer tipo de apego, estava apaixonada. Pensei: “Que loucura! A essa altura
da vida sentir algo assim tão intenso, impulsivo, insano e inconsequente como a
paixão”.
A vida
ensina, mas também nos prega peças de vez em quando... Fique atento!
Estou
aprendendo aos poucos a lidar com esse sentimento incontrolável, pois nunca
antes havia sentido os seus efeitos sobre mim. Ainda estou engatinhando pra
poder dar os primeiros passos rumo ao desconhecido e inusitado solo da paixão
no qual acabei de adentrar. E o que eu consegui aprender ate agora? É que
estamos sempre querendo correr contra o tempo pra viver o imediatismo das
vontades e desejos que a paixão desperta em nós. Mesmo sabendo que se vive um
dia de cada vez... E que aproveitar “o agora” é sempre a melhor opção. Aprendi
que todo o tempo é muito pouco pra quem ganhou asas e está se aventurando no voo
de uma grande paixão. E que a partir disso, vai ficando cada dia mais difícil
manter-se com os pés no chão.
Lai Pretas
Texto enviado pela leitora Lai Pretas em participação da blogagem coletiva do tema: Sobre as inúmeras coisas que eu aprendi com a vida.
0 Recados
E você, o que achou do post? Me conte aqui nos comentários!
Deixe seu link para eu conhecer seu blog também. ;)