Pela contramão

by - abril 03, 2014



Eu não sei muito bem o que te faz ser quem você é. Mas, eu amo. Eu não sei muito bem o que te deixa triste. Mas, eu odeio. Não sei também o que te faz sorrir iluminadamente. Mas, eu curto demais. E não imagino essas suas funções motoras sendo doadas a outro alguém. Pode chamar do que quiser. Já faz tempo em que me importava com futilidades. Não sigo seus rastros em vão. Eu só procuro sempre ser o motivo das suas melhores emoções, há algum mal nisso?

Já subiu pra cabeça. Não me vejo mais em um caminho muito certo, nem a tão falada luz no final do túnel.  Acho que estou andando pela contramão, e não consigo acertar os passos. Nunca tive um guia adequado para cada ação minha. Não consigo chegar a nenhuma conclusão sobre meus sentimentos um tanto quanto errados. Nem sobre como cheguei ao ponto de espernear toda noite por sua atenção. Por sua palavra de conforto. Por você.

Sinto o frio chegando e inundando meu corpo, toda vez em que te imagino pulando a janela do meu coração e indo ao encontro de outras prioridades vitais. É amargo. Já vi filmes melhores em que a mocinha sempre era feliz no final. Eu não mais desconheço sensações de friezas como á alguns anos atrás. Nem muito menos deixei de decifrar as linhas horizontais da tristeza que chega de uma hora para outra. Sucessivamente. E nem sempre procura seu caminho de ida. Ela vai ficando e fincando tudo aqui dentro. Ninguém nem percebe sua presença, mas eu sempre sei que está lá. 

E quando vejo, já derramei todo ferimento construído por ela. Já desafiei a felicidade um milhão de vezes. Já me distanciei novamente de quem amo e me enfiei no canto do banheiro para chorar. E ninguém percebe. E mesmo que isso acontecesse, diferença nenhuma faria. Mas, não é esse meu ponto de vista pelo mundo. É outra história, bem diferente por sinal. O mundo é estranho, uma esfera de requisições que não me pertencem. E eu sempre faço a mesma pergunta novamente, porque sou tão diferente assim?

Meu ponto de vista não é repleto de segundas opiniões, e se eu não concordo, não faria jamais. É difícil ser determinada, mas sempre opto por ser assim. Geralmente sofro por ser quem sou, mas não abro mão de ir dormir com meu pensamento livre de remorsos. E ao andar pela contra mão da vida, acabo me deparando com critérios impossíveis de se compreender. Lá vou eu sem bagagens de terceiros, percorrendo meu caminho instantaneamente, você querendo ou não. Mesmo sabendo que ainda há muitos tropeços. Um dia os calos nos pés servirão de aprendizagem. Bato a porta novamente, mas sempre te encontro na próxima esquina.
-Sâmela Estéfany

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2 Recados

  1. Adorei seu blog Sâmela! Muito fofo e original. Continue escrevendo sempre.
    Bjos.

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